Metralhadora de Verbo
Ela derruba qualquer castelo.
Sejam de sonhos ou de concreto.
A metralhadora de verbo
assim governa.
Toda guerra começa com uma caneta e assim pode terminar.
O Homem é o verbo.
O verbo vence qualquer terno.
Seja fino ou granfino,
todos caem em desatino.
Seus gatilhos são as teclas.
Sua armadura,
a ternura.
Seu escudo,
o próprio mundo.
Seu alcance não tem limite.
Esquadrão de elite.
Sua munição,
a atenção.
Dessa arma ninguém escapa.
Seus disparos,
a verdade.
Seu alvo: A vaidade da ruindade.
A imagem é um homem franzino, com uma caneta na mão,
escrevendo então.
E assim derrota todo um exército inimigo armado com fuzis até os dentes.
A metralhadora de verbo é foda.
Sente, tome uma soda.
Vai precisar.
Rodrigo Jorge Bucker – Niterói 2013