Vejo como mais importante que a definição de uma religião, o
conceito que vêm com todas elas.
Que é a consciência do algo a mais que o físico ou mundo
material.
Com a evolução da ciência o homem passou a crer que a
ciência lhe responderia ou daria conta de tudo.
A ciência só pode dar conta do que é do âmbito e passível de
ciência.
“Há muito mais entre o céu e a terra do que pode compreender
nossa mera filosofia” (William Shakespeare).
Talvez a maior descoberta de toda História da ciência, seja
justamente o seu limite.
Sempre pode haver descobertas cientificas sobre o que até
então não era sabido.
Mas, sempre é sabido que não se sabe nada. Mesmo quando
pensamos saber.
O homem vive no mundo que pode perceber e entender apenas.
Toda ciência antes de mais nada é apenas foco.
Deus seria então todos os focos.
Impossível de ser compreendido pelos homens.
A ideia da meditação do oriente é justamente não pensar em
nada, para se aproximar de Deus.
Com a “mente limpa” seria uma forma análoga de contato com
todos os focos.
Como nunca podemos olhar em todas as direções e focos, com a
“mente limpa” é uma forma de incorporarmos aos focos.
É a máxima do nada que é igual ao tudo.
A religião, seja qual for, é uma forma de assumirmos essa humildade
perante Deus. Nos reposicionando apenas como parte do todo.
Rodrigo Jorge Bucker – Niterói 2013