Mas vejo o equívoco aparecer diante de todo amanhecer.
Mulheres belas,
de belas pernas,
na vida e na novela,
na cobertura ou na favela,
que enganosamente contemplam mais a bolsa e sua cor,
do que toda beleza natural e seu louvor.
Admiro mulheres bem vestidas e educadas.
Mas jamais as com falsidade arrumada e aplumada.
Seria a evolução da "perua" para a "perua-camaleoa".
Cada hora com uma bolsa diferente e de cor alternada.
Disfarçada.
No fundo,
no fundo: Uma linda carente arrumada.
É assim mesmo que funciona agente.
Eu mesmo critico,
mas por outrora admiro a mesma gente.
Carente, que seja.
Ainda bem,
pois se o não?
Quem iria me pedir abrigo e paixão?
Amor e tesão?
Rodrigo Jorge Bucker - Niterói 2012