Decifra-me ou te
devoro!
Einstein passava pelo
Egito, quando se deparou com a Esfinge.
A Esfinge disse:
Decifra-me ou te devoro
grande homem.
Eu sou o simbolo da
verdade do mundo.
Tens 10 segundos ou te
devoro.
Einstein se viu sem
saída e falou:
Ok, tenho certeza que
temporalmente mais espacialmente vezes quatro mais cinco segundos a
partir de agora, tu és a energia vezes a matéria, ou talvez a
partícula de Deus.
A Esfinge olhou prum
lado pro outro, e... sssgggaarrffffkkkkk, estraçalhou o jovem
Einstein.
Freud passava pelo
Egito, quando avistou a Esfinge.
A Esfinge disse a ele:
Oh grande sábio,
decifra-me ou te devoro!
Eu sou o simbolo da
verdade do mundo.
Tens 10 segundos ou te
devoro.
Freud pensou... e um
ato falho cometeu:
Ok, tudo bem... É
só o meu pênis.
Ops, digo... quero
dizer, vamos lá...
Tenho certeza que seu
problema é o “complexo de Cleópatra”.
Você sempre quis ser
ela e ter todos aqueles pênis a sua volta...
Humm!?
A Esfinge gargalhou,
quase passou mal de tanto rir.
E falou:
Boa tentativa Dr.
eminente Freud, quase conseguiu me matar, me matar de tanto rir.
kkkkkk
kkkkkk
Mas, mas...
SSSSSSSSSgrgrgrgrffffffffkrkrkrkrkcrakapuffff!!!!!
Não sobrou nem pó do
fumo do cachimbo de Freud.
Um pouco mais a diante
passava um menino de 15 anos bem na frente da Esfinge...
A Esfinge era
imparcial, e disse ao menino o de sempre:
Decifra-me ou te
devoro!
Eu sou o simbolo da
verdade do mundo.
Tens 10 segundos ou te
devoro.
O garoto olhou pra
Esfinge com uma cara meio desolada, e disse:
Puta que pariu!
Você é totalmente
louca ou o que?
Se Einstein e até
Freud não deram conta dessa merda, que dirá eu cacete!
Vai a merda!
E a Esfinge quieta...
O garoto então abaixou
o short, virou-se de costas pra Esfinge e BRUUUUUFFFFFF, peidou na
cara dela.
E disse:
vai fundo que eu to
fervendo!
Pode me devorar que vai
ter uma dor de barriga desgraçada!
O garoto fechou os
olhos, contraiu todo o seu corpo e esperou por ser devorado com um
ultimo suspiro profundo de ar.
Passaram-se alguns
segundos e nada...
O jovem abriu os olhos
e onde estava a Esfinge gigantesca, agora não havia nada, nenhum
sinal da Esfinge, nada nada.
Era atordoante aquele
silêncio.
O jovem manteve-se parado
e meio em choque indagou:
O que que tá havendo?
Então uma voz falou:
Muito bem meu jovem,
muito bem!
Na verdade eu ainda
estou aqui mesmo.
Eu, a Esfinge sou
imortal.
Mas não mais para você
meu jovem.
Você me decifrou, e
então se libertou.
Ao me ironizar e me
gozar você descobriu que no fundo nada na vida é sério, ou deve e
pode ser explicado tão a fundo.
A explicação é a
maior ilusão de todo homem.
Muitos homens, grandes
homens, inteligentíssimos de todos os tipos e áreas que podes
imaginar, foram devorados por mim, devido a esse pecado original.
O pecado da razão.
O pecado que lhes tira
o chão.
A explicação.
Toda explicação pede
outra e aí se faz a confusão.
A explicação é uma mamadeira sem fim que termina por matar muitos homens que não se deixam saciar, e continuam a buscar, a beber e por fim derramar.
O segredo da vida é o
ponto.
Tudo que excede
encontra-se no mesmo ponto de partida, a angustia.
Parabéns meu caro!
Siga em frente e não esqueça dessa lição.
Esfinges voltaram a lhe
testar.
Derrote-as sempre!
Bravo!!
Rodrigo Jorge Bucker – Niterói 2012