Itacoatiara a Poesia na Praia

Mergulhe...
A natureza está no ar.
Na pedra.
Ou ao surfista bailar,
nas ondas irá dropar.
O surfista escreve a poesia nas ondas do mar.

O que que há?
Vem logo pra cá.
Mas não esqueça do lixo na lixeira colocar.
Pois essa beleza deve perdurar.

Mergulhos vou dar.
A onda que me banha parece o baixo astral lavar.

Uma cerveja vou tomar.
Aquela sereia é impossível não admirar.
Ela anda, mas parece uma deusa flutuando na água ou no ar.
Isso me faz suspirar.
Um sanduíche com um mate vou tomar.
Claro, com aquele chorinho de mate geladinho.

Itacoatiara é nome indígena.
E virou sinônimo de natureza.
Natureza que sempre foi de Niterói, e do mundo, a real e maior nobreza.

A Gaivota Voa



Voa gaivota...
Voe para longe daqui.

Voe para longe do homem que quer te ferir.
Voa pra longe do homem,
que sonha compreender a si e a ti,
numa ilusão sem fim.

Voa...
Pois muito ao contrário, tu não voas só pra caçar, procriar
ou algum instinto buscar.
Tu voas pra planar, passear, brincar e saborear a vida.
Voa bem alto e salve-se daquele que se julga melhor que você.
Sorria e goze.
Goze também daquele que te enjaula, 
mas nunca pode lhe prender ou realmente tocar.

Enfim, morra.
Pois merece um dia não mais viver.


                      Rodrigo Jorge Bucker – Curitiba 2013