A Ciência do Homem é a Arte


A modernidade nos trouxe a ideia de que tudo pode ser dito, calculado e desmitificado.

Acontece que a ciência obedece protocolos e métodos, ao passo que o ser humano por ser imprevisível e subjetivo, não pode caber nestes métodos. Sendo tremendamente enganoso isto.

Enganoso e perigoso. No sentido da desconstrução do sujeito.

Com o avanço da tecnologia, muitos de nós apostamos novamente que tudo estaria sob controle e a nossa paz estaria garantida com isso.

Mas há instâncias na vida que se justamente ditas ou controladas significam o descontrole.

Algo que parece paradoxal mas não é de fato.

Nem tudo pode ser fracionado ou freado para se compreender o todo. É uma ilusão crer que tudo pode ser compreendido assim.

A dinâmica mental escapa deste raciocínio basal.

Viva a boa ciência e a arte. Que juntas e separadas nos ajudam a viver.



Rodrigo Jorge Bucker – Niterói 2014

Freud a Máscara da Máscara

O jovem freud conquistou espaço por ser justamente questionador e opositor ao mundo neurológico e cientificista de sua época.

Contra a frenologia de Gall por exemplo etc.

Freud hoje estaria passando mal diante dos pseudo estudos da neurociência etc.

Mas o que os psicanalistas gostam de esquecer e quase nunca abordam, é justamente um Freud epistemológico também. Do seu modo, mas também.

Um Freud, como dizia Heidegger: um seguimentador do ser.

A herança neurológica de Freud era justamente está.

Não condenando ele totalmente, e entendo um pouco mais a fundo, o que ocorria era que Freud vivia numa época totalmente positivista. Onde para ser reconhecido pelo mundo acadêmico teve que parecer cientista. Um “cientista da alma”.

E o que O Dr. Freud fez foi exatamente isto. Expôs um sujeito subjetivo mas que coubesse num protocolo objetivo de estudo. Sua teoria psicanalítica.

O EU, o Inconsciente, o ID.

Tomias que lembram um neurologista. Só que ali, da mente, alma ou psique.

Diria que Freud foi melhor do que pensamos. Justamente por dar um jeitinho de se perpetuar pela história. Caso não apresentasse sua teoria assim, seguimentalista e epistemológica, provavelmente nunca o teríamos conhecido.

Freud abriu caminho para que fosse mais à frente contestado. O problema é que ainda hoje a vida é assim. E destruir sua teoria iria custar muito caro. Ao menos aos psicanalistas.


                     Rodrigo Jorge Bucker - Niterói - 2014

O Capeta Acha o Inferno Fresco


É que o capeta acha o inferno fresco. Mas sempre termina queimado.
Um demônio para ser demônio deve por natureza adorar o inferno.
Os demônios em geral se acham muito espertos.
Quando digo demônios, não me refiro aqui a caricaturas religiosas claro.

Mulheres em geral são parecidas com demônios, se não já o representam. Haha.
Um dos símbolos da psicologia é o tridente do diabo.
Que simboliza o interior. O subjetivo.

Assim, como as mulheres, que em geral são mais voltadas para o mundo interior e sentimental.

Muitas usam disto para controlar os homens etc.

Ao passo, que antes víamos mais freqüentemente o domínio das mulheres pelos homens por meio da força física e intelecto. Hoje as mulheres estão se achando muito espertas. Mas acabam por cometerem o mesmo erro de antes: A aposta no controle do outro por intermédio da força.

Se os homens usavam da força física, elas usam da força psíquica.

Cartilhas comportamentais surgem etc. Coisas como a psicologia comportamental crescem e ganham espaço.

A mulher se esforça para impor seus valores aos homem.

E porque digo: “terminam queimadas”...
É que terminam por se verem insatisfeitas com o seu próprio mundo.
Na realidade elas gostam de serem um pouco dominadas. Precisam, assim como os homens, verem o mundo como ele é: Nem tão afeminado, nem tão machista.
Muitas esquecem disto em nome da cartilha.

Seria um efeito bambu.
Primeiro exacerba-se para um extremo, depois volta-se para um lugar mais calmo, o meio.


Eu como homem aguardo ansioso.


                  Rodrigo Jorge Bucker - Niterói - 2014

Mestre Buda e Eu


Estávamos caminhando por um grande deserto.

De repente e inesperadamente, começou uma grande tempestade de granizo.

Era um terreno descampado e estávamos a pé.

- Mestre Buda o que faremos? perguntei...
- Ora, senta na minha cabeça e reza. Disse Buda.
- Mas mestre... Como assim?
- Há verdades que por mais duras que sejam devemos ignorar gafanhoto. Sente aí! Mooorre! E fica quieto.

A minha sorte é que passava um rapaz por ali vendendo um guarda chuva de R$ 5,00 que me salvou a vida.



                       Rodrigo Jorge Bucker – Niterói 2014