Castelo de Cartas


Eles vivem erguendo-os.
Os burgueses e seus apelos.
O sonho burguês surreal.
Fomentam a fome e o mal.
Descomunal.

Os castelos de cartas são sustentados pela aparência e vaidade.
São as aparências de muitos falsos nobres.
Existem verdadeiros “reis” por aí bem mais pobres.
Moram em casas simples.
Passam fome e dificuldades.
Mas não se vendem à vaidade.

Os falsos nobres fazem de tudo para sustentar está desgraça.
Sabem no fundo que seus falsos castelos não passam de farsa.
Sabem que ao menor vento da verdade tudo vira fumaça.
Trapaça...

Fomentam a dor e a falta de cobertor.

O verdadeiro frio está dentro de suas almas.

Gelados...
Seres petrificados.
Mal acabados.
Por Deus são meio renegados.

Quando a dor da consciência lhes vem.
Pensam ser a hora de comprar mais alguém.
Acabam por não serem mais ninguém.

O pobre que é “comprado”,
é apenas alguém que teve antes tudo roubado.
Logo, sempre são os falsos nobres os culpados.

O vento sopra...
É hora do falso castelo ir pelos ares.
O mundo é de todos.
Todos devem ter seus lares;
Passear nos lugares;
Ter os seus pares.
A resistência está aí.
Obrigado.


                       Rodrigo Jorge Bucker – Niterói 2013